quinta-feira, 12 de abril de 2018

RESENHAS RELÂMPAGO: Dezembro / 2017 a Março / 2018



E aí? Belezinha? 

Cês andam lendo muito ultimamente? 

O que vocês têm achado das HQs que estão comprando? Coisa fina ou desperdício de papel? 

Nesse post aqui agrupamos as resenhas relâmpago que costumamos soltar no Instagram e no Facebook da Zona Negativa a conta gotas. De dezembro pra cá (era pra ser mensal, mas um dia a gente consegue hehehehe), esses foram os gibis que passaram aqui pela Zona, e esperamos que essas impressões ajudem vocês a completar sua coleção sem medo ou poupar sua graninha suada. Dentre os achados do mês, destaque para o trabalho autoral Xampu, de Roger Cruz, Visão, de Tom King, a volta de Lúcifer na Vertigo, mais um volume de Hellboy e a conclusão de mais uma excelente fase de Hellblazer no Brasil. Então vamos lá:






THE BOYS VOLUME 6: A SOCIEDADE DA AUTOPRESERVAÇÃO


Continuamos acompanhando Bily Carniceiro e seus companheiros de equipe em sua violentíssima missão neste sexto volume da série The Boys. E dessa vez eles miram ainda mais alto e vão atrás da Liga da Retaliação, uma superequipe que só perde em poderes para Os Sete, que desde o início da série já percebemos ser o verdadeiro objetivo dos Rapazes. Mas nem tudo sai como planejado e vemos que alguns membros da equipe passam por apuros sérios. Ao fim desse arco, vemos Hughie Mijão desvendando o passado de três companheiros de equipe: Leite Materno, O Francês e A Fêmea. Vemos suas histórias de "Origem Secreta" e descobrimos suas motivações para odiarem os super heróis arrogantes e abusivos desse mundo, sem perder o foco, é claro, no monstruoso conglomerado Vought American...

Um dos melhores trabalhos de Ennis, The Boys continua brutal e divertido, e as edições finais desse encadernado fazem com que nos importemos ainda mais com esses adoráveis bastardos de quem aprendemos tanto a gostar. Com esse sexto volume, a séria alcança a sua metade. Agora aguardemos o próximo volume, porque até o final doloroso e amargo ainda tem muitos ossos para quebrar e muito sangue para jorrar!


Compila as edições #31 a #38 da série The Boys.
200 páginas. Capa cartonada.
R$ 56,00







THOR - VIKINGS



Eles pilharam, saquearam, violaram e mataram. E logo em seguida foram amaldiçoados a vagar por mil anos. Um grupo de vikings desmortos e superpoderosos, efeito da maldição lançada sobre eles há um milênio atrás, desembarca em Nova York e recomeçam o que sabem fazer de melhor: Pilhar, saquear, violar, matar... Nem os Fuzileiros Navais, nem os Vingadores e sequer Thor, o próprio Deus do Trovão fazem frente à essa ameaça. Agora resta a Thor, derrotado, ferido e humilhado, descobrir um meio de derrotar essas monstruosidades, com uma ajudinha do... Doutor estranho!

Uma mini série escrita por Garth "Hellblazer" Ennis e ilustrada por Glenn Fabry, capista de Preacher, que, embora não seja essencial, é divertida durante os 25 ou 30 minutos que se leva para lê-la. Baixem as expectativas, embora quem conheça o trabalho de Ennis não precise desse aviso. A mini foi publicada pelo selo MAX, uma tentativa da Marvel de publicar história com teor mais adulto, para se equiparar à Vertigo da DC, porém, aqui o "teor adulto" não é explorado, fora a violência contida na história. Talvez não agrade nem alguns fãs de Thor, mas fãs de Ennis pouco exigentes ficarão satisfeitos.


Compila as edições #1 a #5 da mini série Thor - Vikings.
120 páginas. Capa dura.
R$ 29,90





XAMPU - VOLUME 3



E é com um aperto no coração que nos despedimos de Nicole, Alex, Sônia, Binho, Beto e o restante da turma, nesse volume final de Xampu! O trabalho autoral do consagrado Roger Cruz, que começou a contar sua história no álbum Xampu - Lovely Losers, da editora Devir, e em seguida ganhou mais três volumes pelo selo Stout Club, da Panini, chega a sua conclusão.
Como gostaríamos que Xampu fosse indefinidamente estendida - sem perder a qualidade, é claro. Mas The Walking Dead nos ensinou que isso é impossível rs -, mas esse é um trabalho autobiográfico, que retrata um período da juventude do autor, entre o fim dos anos 80 e o início dos anos 90, quando dividia o apartamento com outros jovens, que só queriam viver, amar, chapar o coco e claro, ouvir Rock n' Roll do bom, compartilhando alegrias e tristezas. Por ser um trabalho biográfico, e como sabemos, nada na vida é para sempre, Xampu também chega ao seu final. Todas as comédias e tragédias dessa turma de adoráveis desajustados e almas livres, encerradas nesse terceiro volume.

Um material que pega o leitor pela identificação e nostalgia. Bom, pelo menos aqueles que já andaram em bando, com uma turma muito doida, e que aos poucos foi sumindo, até serem todos substituídos pela vida adulta. Bem como todo aquele(a) que já formou uma banda com os amigos, a fim de conquistar o mundo. Como isso acabou pra vocês? De um jeito ou de outro, tudo chega ao fim. Xampu chegou ao seu. Guardo as minhas edições com carinho na estante, assim como guardo as minhas lembranças, da minha turma de desajustados na memória.


80 páginas. Capa cartonada.
R$ 29,90





THE WALKING DEAD VOLUME 19: MARCHA PARA A GUERRA



E as coisas se complicam ainda mais (como se isso fosse possível) quando Rick decide abrir o jogo com Andrea, Michonne, Carl e o restante de seu grupo sobre seu ataque a Negan e seus Salvadores. Com a ajuda de Jesus, eles articulam uma reação que envolve Hilltop e o Rei Ezekiel, um excêntrico e misterioso personagem. Tudo vai sendo calmamente orquestrado até que surge uma oportunidade de atacar e Rick resolve adiantar os planos. Porém, as coisas não saem como o esperado. Agora, é guerra!

A HQ The Walking Dead continua empolgante, com suas intrigas, reviravoltas, mortes inesperadas e sequências de ação frenética, ao contrário do seriado de TV, e percebemos que cada vez mais, à medida que a humanidade tenta se reconstruir, os verdadeiros monstros são os seres humanos capazes de muito mais do que apenas devorar o que encontram pelo caminho. A única preocupação aqui é a mesma de quando lemos a primeira edição, lááááááá em 2003: após tanto chão, será que o Kirkman vai saber encerrar tudo na hora certa ou vai perder o timing, como vemos em tantas boas obras de ficção por aí? Bem, é muito cedo para saber, já que não há planos de encerramento da HQ para tão cedo...


Compila as edições #109 a #114 da série The Walking Dead. 
144 páginas. Capa cartonada.
R$ 36,00





LÚCIFER VOLUME 1: CÉU CONGELADO



Primeiro volume da nova série da Vertigo, mas não se trata de um reboot: Esta série parte de onde a série anterior, que durou 75 edições e escrita por Mike Carey e ilustrada por Peter Gross parou. Lúcifer, o primeiro anjo, caído na revolta celestial, volta de um local além de nossa realidade, enfraquecido e ferido, e é cooptado pelos arcanjos do paraíso para resolver um mistério: Quem matou Deus?

Para isso, ele tem ao seu lado ninguém menos que Gabriel. Sim aquele mesmo arcanjo Gabriel arrogante e esnobe retratado na fase de Garth Ennis em Hellblazer, a quem foi prometido que, se auxiliasse neste caso, teria suas asas e coração restaurados. Juntos, os dois percorrem o Inferno e o Sonhar, encontrando vários personagens velhos conhecidos de todo leitor vertigueiro que se preze e que já tenha tido contato com as séries Sandman, de Neil Gaiman e Lúcifer, de Mike Carey: Mazikeen, Azazel, Eva, o corvo Matthew, Caim e Abel e Izanami, todos dão as caras de forma muito natural e orgânica nesta retomada do Estrela da Manhã.

A impressão que o leitor pode ter em alguns momentos é de ter perdido algo, já que em alguns momentos são citadas brevemente algumas situações ocorridas na série anterior de Lúcifer, mas nada que comprometa a leitura deste encadernado, e de qualquer forma, uma pesquisa do material de Mike Carey na Internet resolve este inconveniente. Material este que nunca foi lançado aqui, então só em formato digital mesmo.

A roteirista Holly Black (autora da série As Crônicas de Spiderwick) debuta muito bem com um personagem que já tem uma extensa carga cronológica, e o artista Lee Garbet tem um traço ligeiramente superior ao "Padrão Vertigo", o que faz com que a leitura seja bem agradável e dinâmica. Esta foi uma boa retomada, que já mostra várias pontas soltas a serem amarradas nos próximos volumes. Vale a pena continuar acompanhando.


Compila as edições #1 a # da série Lucifer.
148 páginas. Capa cartonada.
R$ 23,90






VISÃO – POUCO PIOR QUE UM HOMEM



Visão, o Vingador que é um humano sintético, anseia por uma vida simples. Após anos de batalhas ao redor do planeta e fora dele, o sintozóide se muda para um pacato bairro em Alexandria, Virginia. Visão traz a tiracolo sua família: a esposa Virginia, criada a partir dos padrões mentais da falecida Wanda Maximoff, a Feiticeira Escarlate, e os filhos gêmeos adolescentes Vin e Viv. O que poderia ser mais normal do que ter uma família e morar no subúrbio, certo? O que poderia dar errado em uma vida assim? Bom, a resposta pode ser bem mais complexa – e trágica – do que inicialmente se pode acreditar. Sua família compartilha de sua aparência, seus poderes e sua obsessão em ser “normal”. Até que um acontecimento dá início a uma sequência de eventos catastróficos para a família Visão e todos os infelizes em seu entorno.

Escrita pelo já consagrado Tom King, ilustrada por Gabriel Hernandez e colorida por Jordie Bellaire, a série durou 12 edições e é um conto de horror suburbano recheado de segredos e mentiras que se acumulam nas relações entre os personagens, complicando cada vez mais a trama, e segundo quem já leu a série, culminando num final absolutamente espetacular. Então, sim! Dessa vez o hype é real!

Num mix de tragédia Shakespeariana + tragédia grega, os personagens são muito bem desenvolvidos, cada um com seus arcos pessoais, tentando superar suas falhas e ir contra um futuro trágico pré-determinado, mas ao que tudo parece indicar, este é um esforço vão. As tentativas de Visão em ser um humano comum são o seu maior erro, e tudo neste primeiro volume parece se encaminhar para uma catástrofe que pode abalar todo o universo Marvel.

Ainda estamos no começo do ano, mas sem sombra de dúvida já dá pra dizer que Visão – Pouco Pior Que Um Homem é uma das melhores HQs de 2018. Quem disse que a Marvel não tem clássicos??? Talvez Visão seja o título mais bem sucedido da (confusa e vorazmente comercial) linha All New All Different Marvel.


Compila as edições #1 a #6 da série The Vision.
140 páginas. Capa dura.
R$ 40,00

 




HELLBOY NO INFERNO VOLUME 2 - A CARTA DA MORTE



Dando continuidade à saga de Hellboy, conhecemos um pouco mais da geografia local, seus bizarros habitantes e algumas surpresas desagradáveis: Um segundo confronto com o Vampiro de Praga, o reencontro de Hellboy com sua meia-irmã, irmãos e tio, e até com sua noiva! Como se isso tudo não fosse problema suficiente, Hellboy é acometido por uma bizarra doença que ameaça matá-lo.... de novo! Embora já esteja morto e condenado ao Inferno, ele agora corre o risco de arcar com uma sina ainda pior: tornar-se um dos espectros sem alma que assombram o Reino das Trevas.Também é finalmente revelado quem matou o próprio Satanás e o que Hellboy tem a ver com esse acontecimento, que virou o Inferno de cabeça para baixo com a destruição de sua capital, Pandemônio.

Mike Mignola continua encaminhando sua criação até uma conclusão definitiva, mas, apesar da maneira que este volume se encerra, ainda não é aqui o final de Hellboy. O tom de diversão que sempre caracterizou a HQ adquire aqui algumas notas sombrias, por se passar no pior lugar do universo, mas sem perder o ritmo no tocante à ação. Paradoxalmente, acompanhar Hellboy a partir dessa fase ficou mais leve, uma vez que o fardo relacionado ao seu destino, de "Besta do Apocalipse" foi finalmente retirado de seus ombros. Agora Hellboy é forçado a refletir seu novo lugar no grande esquema das coisas.

Como extras, a edição tem um posfácio e trechos de entrevistas com Mike Mignola. Há também uma história curta de bônus, narrada por fantoches demoníacos (!?). O volume também tem várias páginas de estudos e esboços de personagens e um glossário cuidadosamente elaborado, explicando todas as referências folclóricas e também de histórias anteriores do personagem, só para situar o leitor em meio ao turbilhão de acontecimentos pelos quais o personagem passou desde o arco que culminou em sua morte. Aguardemos o próximo volume da jornada do Vermelhão no Submundo...


Compila as edições #6 a #10 da série Hellboy in Hell.
180 páginas. Capa dura.
R$ 69,90






EXCALIBUR: UMA AVENTURA NO TEMPO PARTE 1



“Imagine que para cada mundo que conhece, exista um número infinito de contrapartes. Dimensões alternativas... Todos os lugares e pessoas que poderiam ter desistido, caso a criação as tivesse feito levemente diferentes. De uma dessas Terras veio esse bando de aventureiros, o EXCALIBUR.”

Após enfrentar suas contrapartes nazistas no encadernado anterior, a superequipe continua suas viagens multiverso afora, perdidos entre várias Terras alternativas e conhecendo versões bizarras de mundos insólitos, como um mundo medieval com elementos contemporâneos, um mundo western um tanto... diferente, outro mundo que parece um grande filme de horror da Universal, ou ainda, em uma genial crítica em tom profético que satiriza muito bem a Marvel atual, uma Terra onde todos os heróis estão sempre lutando com os vilões, sem nenhum motivo, em uma zona de batalha eterna.

Antes de a Panini relançar essa série por aqui, eu não lia nada do Excalibur há mais de 20 anos - na falecida revista Marvel Force - e apesar de ter achado o texto de Chris Claremont um tanto datado e cheio de excessos (eu teria lido uns 7 encadernados do Mark Millar no mesmo tempo que levei para ler esse único do Excalibur rsrsrs) que travam o andamento da história por alguns momentos, a HQ é bem divertida. Como um leitor com um fraco por histórias de Terras paralelas e versões alternativas de heróis, ver Capitão Britânia e companhia transitando por cenários tão absurdos foi legal. Claro, a arte de Alan Davis ajudou. E MUITO. Tanto que quando cheguei nas histórias não desenhadas por ele, quase larguei o encadernado. Mas consegui ler até o fim. Acho que se tirar o Alan Davis e a nostalgia que essa HQ evoca em mim, particularmente, provavelmente nem estaria em meu radar. Recomendado para Marvetes roxos, fãs de equipes mutantes, entusiastas do traço de Davis e velhacos em geral. Eu preencho dois dos quatro requisitos. Se você não preenche nenhum desses, passe longe.


Compila as edições #12 a #20 da série Excalibur.
212 páginas. Capa cartonada.
R$ 26,90

 







CRONONAUTAS


Mais um lançamento do selo Millarworld, Crononautas conta a história de Corbin Quinn e Danny Reilly, dois cientistas que projetam um traje que lhes permite trafegar pelo fluxo do tempo, podendo ir a qualquer lugar do passado e ainda levar e trazer objetos junto com eles. Quando Quinn sofre um acidente na viagem inaugural do traje, Reilly vai resgatar seu amigo, e descobre que Quinn estava... ocupado, criando um império transtemporal para si. E agora, Reilly conseguirá convencer o amigo a voltar à sua época atual, ou também será tentado a aproveitar as riquezas do passado? Quando se tem acesso a virtualmente qualquer coisa de qualquer época, o que é realmente valioso?

Escrever sobre viagens no tempo é bem complicado: se bem executado o resultado é memorável, como em De Volta Para o Futuro ou Cronocrimes, por exemplo. Mas não é o caso aqui. Crononautas é um dos títulos mais fracos do Millarworld, e cheio de pequenos furos à medida que você vai lendo a história. Nessa HQ, a velha fórmula de Millar, de criar mini séries que fatalmente terão seus direitos vendidos para o cinema é cheia de clichês e de mais do mesmo. Só não é cansativa porque a história é bem curta. O que se salva é a arte do sempre competente Sean Murphy (Punk Rock Jesus). Só resta esperar que o filme resolva esses furos e seja melhor que a HQ, como aconteceu com Kingsman.

 
Compila as edições #1 a #5 da mini série Chrononauts.
120 páginas. Capa dura.
R$ 52,00


 

THE WALKING DEAD VOLUME 20: GUERRA TOTAL - PARTE 1



Rick resolve pôr em prática seu plano para se livrar de Negan e seus "Salvadores", em uma conspiração envolvendo as cidades de Hilltop e o Reino de Ezekiel. Com perdas de ambos os lados, Negan resolve retaliar rápido e Rick é ferido durante o confronto. O que vai ser dessa coalizão sem seu líder???

Até aqui, nada de novo pra quem lê TWD: reviravoltas, personagens importantes morrendo inesperadamente (preparem seus lenços, chorões!), "os monstros são os vivos e não os zumbis", blá, blá, blá... pra quem já vem acompanhando e gosta, já sabem: o default aqui é sempre ter algo imprevisível acontecendo. Para quem quer começar a acompanhar, não é um bom ponto de jump-in. Afinal, o arco Guerra Total é o ápice de situações que vêm sido desenvolvidas antes mesmo do surgimento de Negan na HQ. Embora alguém que só acompanhe a série de TV não deva ficar tão perdido se esse volume caísse em seu colo. Uma coisa é certa, por mais repetitivas que sejam algumas situações pelas quais Rick Grimes e sua trupe passem, a HQ ainda é infinitamente superior ao samba do crioulo sonolento que a série de TV se tornou...

 

Compila as edições #115 a #120 da série The Walking Dead.
144 páginas. Capa cartonada.
R$ 36,00

 

UNIVERSO DC RENASCIMENTO - HELBLAZER VOLUME 2






Continuando a confusa história do volume anterior, vemos John Constantine às voltas com Djinns. Sim, ao invés de demônios, Constantine agora enfrenta gênios da garrafa. Numa história ambientada em Paris, Simon Oliver entrega um roteiro arrastado, monótono, que tenta usar elementos do Hellblazer clássico, como a jovem Mercury do arco A Máquina do Medo, uma Abigail Arcane que é citada o tempo todo sem nunca aparecer e o Papa Meia Noite, aqui parecendo uma versão mal ajambrada do Blade da Marvel. Pra piorar, seu John Constantine é uma sombra pálida do vigarista que crescemos lendo na linha Vertigo. Mais parece um trambiqueiro de rua incompetente que se safa das situações por pura sorte. Descaracterizado e irritante. 

Depois da pueril e pirotécnica versão do Constantine nos Novos 52 e da insossa versão Constantine - The Hellblazer da DC You, essa é a prova definitiva de que desde o fim do título do mago inglês na Vertigo, a DC não sabe mais o que fazer com John Constantine. A arte está a altura dos roteiros, sendo bem preguiçosa em quadros que não mostram nada (!!!). Se vocês têm amor à sua alma e ao seu $$$, passem longe dessa HQ. Pior HQ do ano até agora fácil. Agora, com licença que vou reler as edições antigas para tirar esse gosto ruim da boca rs.



Compila as edições #7 a #12 de Hellblazer.
140 páginas. Capa cartonada.
R$ 22,90






TOM STRONG E O PLANETA DO PERIGO




Tom Strong, o herói científico criado por Alan Moore está de volta! Sua filha Tesla está grávida e correndo sério risco de vida. Para salvá-la, Tom e seu genro Val vão à procura da contraparte de Strong, o herói científico de Terra Obscura, Tom Strange! Chegando lá, Tom e Val descobrem que Terra Obscura passa por uma catástrofe, uma praga desoladora, que exterminou bilhões de pessoas, e que pode comprometer a vida em seu próprio planeta caso eles decidam voltar! E agora, como Tom Strong vai salvar sua família E um mundo inteiro?

Uma mini série avulsa publicada em 2013, anos depois do encerramento da série mensal de Tom Strong, esta história não traz nenhuma surpresa para quem já acompanhava o título do personagem. No entanto pode não ser um bom ponto de entrada para um leitor novo que queira conhecer o personagem - ainda mais agora que a DC Comics anunciou que Strong será incorporado ao seu universo regular. Todos os personagens dessa mini série já foram apresentados e fizeram diversas aparições ao longo da série regular de Tom Strong, que durou cerca de 36 edições, por isso não é indicado como jumping point. Apesar de Moore não ter escrito o título até a última edição, Peter Hogan segura muito bem a batuta e Chris Sprouse dispensa comentários, já que o artista é co criador do personagem. Os roteiros de Hogan carregam a essência das HQs de heróis pulp, mas com o otimismo típico dos gibis da Era de Prata. Como disse anteriormente, sem novidades ou grandes revoluções aqui, essa mini série vai agradar mais aos colecionadores de Tom Strong e completistas em geral. Os órfãos do clima mais light dos gibis em formatinho das editoras Ebal, RGE e Abril também devem curtir o ritmo da história. Feito sob medida para saudosos com o pré Crise nas Infinitas Terras e outros arcaísmos da cultura pop.


Compila as edições #1 a #6 da mini série Tom Strong and The Planet of Peril.
144 páginas. Capa cartonada.
R$ 22,90







ESCALPO – VOLUME 1




Quinze anos atrás, Dashiell “Dash” Cavalo Ruim fugiu de uma vida de pobreza e desespero na Reserva Indígena Rosa da Pradaria. Agora ele voltou e tem um segredo, e esse segredo é relacionado a Lincoln Corvo Vermelho, líder tribal, ex-ativista do movimento “Red Power” e atual chefe do crime organizado. Cercado pela mesma confusão de laboratórios de drogas, assassinatos e crimes que acreditou ter deixado para trás, Dash precisa decidir até onde vai – e quanto está disposto a sacrificar – para descobrir os segredos da reserva.

Só consigo definir Escalpo como um mix perfeito entre Sopranos, Os Infiltrados e Breaking Bad ambientado em uma reserva indígena. A série foi publicada anteriormente e na íntegra na falecida revista Vertigo, título mensal da Panini. Quem leu sabe o quanto esse material é excelente. Jason Aaron é um autêntico redneck, nascido no Alabama. O roteirista conhece bem as mazelas do sul e do meio oeste norte americano, e retrata de forma contundente todo descaso, abandono e condições sub humanas de uma reserva indígena, uma verdadeira nação de terceiro mundo no coração da América! O clima de tensão e os personagens muito bem desenvolvidos dão a impressão de se escreverem sozinhos, tamanha é a interação orgânica entre o elenco criado por Aaron. A arte de R. M. Guera é um show à parte: bem acima do “padrão Vertigo”, mas ainda assim não sendo exuberante demais a ponto de ofuscar a história, a química aqui é perfeita! Escalpo já é um clássico do selo Vertigo e eleva o gênero de literatura criminal a um alto nível com seu conto sobre violência, traição, misticismo, desespero, redenção e as coisas terríveis que a história leva homens a fazer uns aos outros. Se você não vai aderir ao boicote aos preços da Panini, pode confiar que é uma excelente história. Faltam mais 4 volumes...


Compila as edições #1 a #11 da série Scalped.
296 páginas. Capa dura.
R$ 120,00 (Puta merda! Haja promoção!)

 





MULHER MARAVILHA – GUERRA




Na sequência do run de Azzarello frente ao título da Mulher Maravilha, vemos que o Olimpo, encabeçado por Apolo, continua obcecado em matar o bebê cria de Zeus, enquanto o Primogênito de Zeus, recém liberto de seu cativeiro, já trama sua própria vingança contra os deuses que o traíram. Órion, dos deuses de Nova Gênese, continua aliado à Diana e companhia, inclusive tendo salvo sua vida, mas a um alto custo: um personagem importante morre para proteger o bebê, que começa a manifestar poderes incomensuráveis e perigosos.

Um dos poucos títulos realmente relevantes da fase Novos 52, esse run da Mulher Maravilha do Brian Azzarello totalizou 35 edições, o que significa que ainda faltam dois encadernados para concluir toda essa fase. A reformulação da origem da amazona ganha novos contornos, uma vez que agora ela está diretamente associada ao panteão de deuses Olimpianos, entretanto a personalidade forte e temerária de Diana está perfeitamente de acordo com as situações que vão aparecendo na trama. A impressão que se tem é de ser uma personagem que se escreve sozinha, tamanha a sua presença na história. Apesar de o personagem do Primogênito parecer um tanto preguiçoso, pois sua personalidade e motivação lembram demais o personagem Kratos, da série God of War, e de a reformulação de Órion, Pai Celestial e Nova Gênese serem aquém da concepção original de Jack Kirby, em geral é um título divertido. Vamos ver se a Panini consegue fechar essa coleção ainda esse ano...


Compila as edições #19 a #23 da série Wonder Woman.
144 páginas. Capa dura.
R$ 39,00

 




HELLBLAZER DEMONÍACO VOLUME 6 - DEMÔNIOS PESSOAIS



Nesse penúltimo volume da fase de Paul Jenkins em Hellblazer, continuamos acompanhando a bizarra rotina de Constantine, um verdadeiro imã de problemas sobrenaturais! Na história que abre este encadernado, Dani, a atual namorada de John, sofre com um ex namorado agressor, e John parte para a retribuição... à moda Constantine! 

No arco seguinte, em duas partes, John se vê às voltas com um caso de assombração onde os vivos atormentam os mortos! Isso mesmo, eu não escrevi errado rs. 

A história seguinte a esta é mais light, sobre vida e morte, onde presenciamos o nascimento do filho de Rich e a morte de outro personagem... e John no meio disso tudo. 

A seguir Constantine está de volta em seu habitat natural: encrenca! John se envolve com o desastre primordial, a personificação de todos os acidentes e catástrofes já sofridas pela humanidade, condensados em um único momento, e adivinhe para quem vai sobrar descascar o abacaxi??? Por fim, fechando esse encadernado, temos a edição comemorativa de dez anos de Hellblazer, o número 120 da série, onde somos convidados a adentrar um pouco mais na intimidade de Constantine, em uma bela história cheia de metalinguagem, onde o próprio Constantine conversa com alguns roteiristas e artistas de Hellblazer e discute seu papel como ficção e o quanto ele é real.

No próximo volume da coleção Demoníaco mais uma fase se encerra, depois disso é só esperar pela elogiadíssima - e curta - fase de ninguém mais, ninguém menos que.... WARREN ELLIS!


Compila as edições #115 a #120 da série John Constantine: Hellblazer.
172 páginas. Capa cartonada.
R$ 25,90

 






HELLBLAZER DEMONÍACO VOLUME 7 - COMO BRINCAR COM FOGO





E a Panini bate mais uma marca inédita na publicação de Hellblazer no Brasil, lançando o último volume da fase de Paul Jenkins! Este encadernado contém os dois últimos arcos dessa equipe criativa: Escada acima, queda abaixo e Como brincar com fogo.

Em Escada acima, queda abaixo, John volta a América, onde não pisava há alguns anos (desde a fase Garth Ennis), para conhecer a família de sua namorada Dani. Além do desconforto inicial de estar de volta no país mais louco do mundo, John percebe algo diferente no ar... algo como uma doença espiritual coletiva. O que ele não imagina é que um velho (e recorrente) inimigo está por trás disso. E a família de Dani pode estar em perigo...

No arco seguinte, Como brincar com fogo, já de volta à Inglaterra, Constantine começa a sentir os efeitos de uma conspiração que aperta um laço em seu pescoço cada vez mais. E o responsável por tramar a ruína de John se revela. Ou melhor, os responsáveis. Com tantos anos rindo da cara do Inferno, Constantine é atacado por mais de um inimigo ao mesmo tempo, e o pior, com a ajuda de algo que é a sua especialidade: amigos prejudicados pelo caminho. Agora, sem amigo nenhum a quem apelar, e com a certeza de que dessa vez vai finalmente ser carregado para o inferno, como nosso mago trambiqueiro favorito pode escapar???

Coisa linda do demo esse material finalmente estar completo no Brasil. Jenkins fez bonito com o personagem: Não manchou o que já estava estabelecido, adicionou coisas legais ao cânone, criou bons coadjuvantes, reutilizou muito bem os antigos, e o principal de tudo: NÃO CAGOU COM A ESSÊNCIA DE JOHN CONSTANTINE!!! As situações desenvolvidas ao longo dessas 40 edições, bem como o encerramento da fase, são o que se espera de um título como Hellblazer. Agora, é esperar pela ótima fase de Warren Ellis, que vem na sequência...


Compila as edições #121 a #128 da série John Constantine: Hellblazer.
196 páginas. Capa cartonada.
R$ 28,90
 






O IMORTAL PUNHO DE FERRO VOLUME 5 - FUGA DA OITAVA CIDADE





Danny Rand e as outras Armas Imortais chegam à Oitava Cidade, um local selado eras atrás, do qual ninguém nunca retornou. Sua missão: resgatar os inocentes banidos para aquele lugar pelos líderes injustos da Kun Lun do passado. Mas quando chegam lá, tudo dá errado, e o grupo se vê aprisionado, lutando e sofrendo torturas sem fim. Conseguirá o Punho de Ferro escapar desse inferno? E ainda: histórias dos Punhos de Ferro do passado e do futuro! O último volume de O Imortal Punho de Ferro!

Uma grata surpresa. O título não sofreu uma queda de qualidade com a saída de Matt Fraction no volume 3, que é a razão pela qual a gente começou a acompanhar essa fase do Punho de Ferro, não é??? Ah, admitam... O roteirista Duane Swierczynski trabalha muito bem com as bases estabelecidas por Fraction e continua tocando a história para frente até a conclusão desse run, meio apressada, porém satisfatória, deixando de bandeja algumas situações e pontas soltas para quem quer que assumisse o personagem a seguir, e ainda assim fechando os arcos anteriores. A mitologia do Punho de Ferro foi muito bem expandida por Fraction e sustentada por Swierczynski até essa edição final. As sucessivas equipes criativas à frente dessa revista conseguiram estabelecer um legado sólido para um personagem que era um tanto inexpressivo até então. A consolidação dos conceitos das armas imortais, as cidades imortais e as histórias de legado, que mostram outros guerreiros(as) que ostentaram o título de Punho de Ferro em outras épocas são a melhor parte, e em particular foi a forma como esse legado é trabalhado no passado, presente e futuro que fez da HQ O Imortal Punho de Ferro algo memorável.
 
Melhor quando um título acaba assim, ainda por cima da carne seca. Foi bem legal enquanto durou....


Compila as edições #21 a #27 da série The Immortal Iron Fist.
172 páginas. Capa cartonada.
R$ 23,90
 

  

 
E vocês, o que estão achando dessas séries? Embarcaram, abandonaram ou vão deixar passar??? Comentem aí embaixo! 


 

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